"As crianças aprendem o que vivenciam..." Este espaço visa promover a reflexão e a prática pedagógica na perspectiva de construirmos, coletivamente, uma Educação comprometida com o bem estar de todos e em favor, especialmente, da felicidade de nossas crianças.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
As crianças aprendem o que vivenciam
Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de sí mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de sí mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em sí mesmas e naqueles que as cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.
Dorothy Nolte. As crianças aprendem o que vivenciam. São Paulo: Sextante, 2003.
Jogos e brincadeiras na Educação Infantil
A atividade principal da criança é o brincar. Brincar, portanto, é coisa séria. É através da atividade lúdica que a criança, pouco a pouco, vai se inserindo no mundo, desenvolvendo habilidades e competências. Inúmeras são as possibilidades de utilizarmos as atividades lúdicas como um valioso recurso de aprendizagem. Para conhecer alguns, acesse http://revistaescola.abril.com.br/jogos/
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Coisas obsoletas na Educação até 2020
Professora Solange em atividade sobre o meio ambiente
Quinze coisas que serão obsoletas na Educação até 2020
(Link do original http://www.professortic.com/2011/12/15-coisas-que-serao-obsoletas-na-educacao-ate-2020/)
Os próximos 10 anos serão de mudanças profundas na Educação, em todos os níveis. Nada que tenha a ver com a crise que vivemos, mas com a revolução digital que se acelera todos os dias.
Há cerca de um ano, a escritora Shelley Blake-Plock publicou um artigo no seu blogue Teacher 2.0, intitulado, “21 Things That Will Become Obsolete in Education by 2020″. Mais adaptado à realidade portuguesa, selecionei e adaptei 15 tópicos que vão no mesmo sentido. Talvez ajude a ultrapassar a depressão portuguesa de 2012 e 2013. Sem cinismo(Texto originalmente adaptado para o público de Portugal, mas que bem serve para o Brasil).
1. Mesas
O século 21 não se encaixa nada em mesas alinhadas. A educação vai reforçar os conceitos baseados em redes de fluxos, colaboração e dinamismo que vão reorganizar o espaço das aprendizagens, tornando obsoletas as filas de mesas e cadeiras características das nossas salas de aula fabris.
2. Laboratórios de Línguas
A aprendizagem de uma língua estrangeira vai estar (já está, para quem quiser) à distância de um smartphone. Mais espaço disponível nas escolas.
3. Computadores
As salas de computadores, muitas vezes encostados às paredes, serão como que peças de museu. Os portáteis, tablets, smartphones e outros dispositivos vão limpar os velhos ecrãs, as torres e os emaranhados de fios. Mais espaço.
4. Trabalhos de casa
A educação será pensada e trabalhada 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os limites tradicionais entre a escola e a casa tenderão a desaparecer. Como disse alguém, não precisamos de crianças para ir à escola; precisamos delas para aprenderem mais. A aprendizagem será contínua e em movimento. (ver o ponto 3).
5. Instrução massificada
Nos próximos 10 anos o professor que não souber utilizar a tecnologia para personalizar e diferenciar a aprendizagem dos seus alunos será “carta fora do baralho”. A diferenciação será tão natural como respirar. O professor de massas acabou.
6. Medo da Wikipédia
Wikipédia é a maior força democratizante no mundo atual. Se os professores têm receio em deixar os alunos utilizá-la, está na hora de olhá-la de frente sabendo que com este ou outro nome a Wikipédia vai continuar a crescer exponencialmente. Talvez esteja na hora de cada um também dar o seu contributo.
7. Manuais em papel
Os livros são agradáveis, mas, daqui a dez anos, toda ou quase toda a leitura será feita através de meios digitais.
8. Cadernos, lápis, canetas… papel
Provavelmente não vão acabar, mas com toda a certeza vão diminuir e muito na quantidade. As crianças aprenderão a escrever e a desenhar em dispositivos digitais e a grande maioria dos trabalhos, testes e exames poderão ser feitos da mesma maneira. A floresta agradece. Quem não perceber e se adaptar… desaparece.
9. Pastas
Já hoje, em muitas das nossas escolas, que necessidade tem as crianças e os jovens de andarem com bolsas pesadas às costas com custos associados à sua saúde? Com livros e cadernos digitais… as pastas escolares serão cada vez menos pesadas até desaparecerem. As colunas vertebrais agradecem.
10. Departamentos TIC
Um fim à vista. As TIC não serão uma especialidade. As TIC serão a realidade, as ferramentas essenciais de todos os professores e educadores. Todos os agentes da educação e formação terão competências TIC elevadas. Com a afirmação do “Cloud Computing”, a qualidade e aumento da cobertura sem fios e o acesso via satélite, coisas agora “tão importantes” como software, segurança e conectividade serão coisas do passado.
11. Instituições centralizadas
Os edifícios escolares vão transformar-se em centros de aprendizagem e não em locais onde toda a aprendizagem acontece. Os edifícios serão menores, os horários dos professores e alunos irão mudar para permitir que menos pessoas estejam na escola de uma só vez, abrindo caminho a um ensino mais experimental, vivencial, fora do ambiente escolar.
12. Níveis de ensino
A educação vai tornar-se mais individualizada, abandonando, significativamente, a estrutura dos níveis de ensino tal como os conhecemos, hoje. Os alunos serão associados por interesses, seguindo, cada um, uma aprendizagem especializada. (ver ponto 5)
13. Escolas e professores “atecnológicos”
Escolas e professores que não utilizem as tecnologias estarão condenados ao fracasso. As primeiras a fechar. Os segundos a mudar de profissão.
14. Normas Curriculares
As normas curriculares actuais integram enormes bloqueios à diferenciação da aprendizagem, imagem de marca da educação do futuro. A raiz da mudança curricular será as escolas do ensino básico como fornecedoras de conteúdos fundamentais e as dos níveis superiores com a oferta de aprendizagens especializadas.
15. Reuniões de pais e professores à noite
As ferramentas já hoje disponíveis para comunicação virtual tornarão as reuniões “físicas” uma raridade. De uma forma ou de outra, os pais vão obrigar a escola a utilizar a tecnologia para comunicar. Não vá. Ligue-se.
Para refletir:
Certamente, estamos caminhando para tais mudanças. Um exemplo disso são os cursos à distância (online), já oferecidos por inúmeras instituições. Minha última especialização, em Educação Especial, ocorreu num ambiente virtual de aprendizagem, coordenado pela UFC/CE.
Tal mudança, já no atual contexto, impõe aos professores e demais profissionais, investimentos em sua formação, de modo a que possam estar em sintonia com esses novos tempos. Mas, será que a universidade está buscando se reformular visando à formação do profissional do futuro? Sim, porque se tal mudança não ocorrer no âmbito da formação inicial, certamente, os profissionais em geral e os professores, em particular, estarão desqualificados para atuar em nossas escolas.
Sabemos que a Educação é um investimento de longo prazo. Não podemos esquecer que as consequências da falta de planejamento, no momento atual, em relação às metas para o futuro próximo, acarretarão enormes prejuízos para a sociedade como um todo, como já vem acontecendo.
Pedagoga Solange S. Oliveira
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