sábado, 21 de julho de 2012

SOBRE PESSOAS QUE NOS INSPIRAM

            REVENDO NOSSOS CONCEITOS SOBRE DEFICIÊNCIA

Conheça um pouco da história do australiano Nick Vujicic. Um deficiente físico que após superar o drama imposto pela deficiência, conseguiu se reinventar, concentrando-se em suas capacidades, habilidades e talentos. Nick é atualmente um pregador e palestrante motivacional. Os temas de suas palestras falam de deficiência, esperança e o sentido da vida.

“Nicholas James Vujicic (Melbourne, 4 de dezembro de 1982) é um pregador e palestrante motivacional e diretor da Life Without Limbs. Nascido sem pernas e braços devido a rara síndrome Tetra-amelia, Vujicic viveu uma vida de dificuldades e provações ao longo de sua infância. No entanto, ele conseguiu superar essas dificuldades e, aos dezessete anos, iniciou sua própria organização sem fins lucrativos chamada Life Without Limbs (em português: Vida sem Membros). Depois da escola, Vujicic frequentou a faculdade e se formou com uma bidiplomação. Deste ponto em diante, ele começou suas viagens como um palestrante motivacional e sua vida atraiu mais e mais a cobertura da mídia de massa. Atualmente, ele dá palestras regularmente sobre vários assuntos tais como a deficiência, a esperança e o sentido da vida.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Nick_Vujicic


quarta-feira, 4 de julho de 2012

SER DEFICIENTE É FASHION


Em 2011, o Relatório Mundial sobre Deficiência, elaborado pelo OMS (Organização Mundial de Saúde) e Banco Mundial, alertou para o crescimento do número de pessoas afetadas pela deficiência, no mundo inteiro. De acordo com o referido relatório, estima-se que mais de um bilhão de pessoas apresenta alguma forma de deficiência. Algo próximo de 15% da população mundial. Na década de 70, a estimativa girava em torno de 10%.


No Brasil, esse percentual é ainda maior, conforme dados levantados pelo Censo do IBGE, em 2010. Com uma população total de 190.755.799 habitantes, a estimativa é que 23% desse total apresenta algum tipo de deficiência, conforme foi declarado pela população recenseada. Nesse caso seriam  45.623.910 indivíduos afetados pela deficiência.


As razões pelas quais tem aumentado o número de pessoas com deficiência estão relacionadas a muitos fatores, dentre eles: o envelhecimento da população, já que pessoas mais idosas apresentam um maior risco de deficiência, decorrentes de doenças crônicas, tais como, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças mentais. Além destes, outros fatores contribuem, como: acidentes automobilísticos, desastres naturais, conflitos, dieta e abuso de drogas. Outros dados  http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/Relatorio_Mundial_SUMARIO_PDF2012.pdf


 Os dados acima mostram que não podemos ficar indiferentes à situação de deficiência em que se encontra uma parcela significativa da sociedade, principalmente no que se refere ao reconhecimento dos seus direitos.


O Prof° Dalmir, na crônica abaixo, revela-nos sinais de uma possível mudança de paradigma em relação à pessoa com deficiência. Uma mudança necessária e que, ao mesmo tempo, retira o manto da invisibilidade que durante séculos esteve sobre esses sujeitos, por isso, hoje, nas palavras do autor: ser deficiente é “fashion”. Uma ótima leitura!!!


SER DEFICIENTE É FASHION


Dalmir Pacheco(*)


De acordo com os especialistas no assunto, e se você notar tem sempre um de plantão, os deficientes (físicos, auditivos, visuais, mentais...) sempre mereceram um tratamento diferenciado da sociedade, ou melhor, do grupo social no qual estavam inseridos. Historicamente, de acordo com os valores econômicos, políticos, culturais e religiosos, os deficientes poderiam ou não fazer parte das preocupações sociais. Assim, foram ao longo da história da humanidade, discriminados, isolados, sacrificados (eram improdutivos), iluminados (possuíam poderes e sensibilidade aguçadas) e mais recentemente, influenciados pelas ideias humanistas, super, hipervalorizados. Sinal dos tempos.


Se durante séculos, o deficiente, regra geral, era um peso e uma vergonha para a família, hoje  o conceito é outro. Então deixa relembrar um pouco minha história de vida, sem pieguice e lamentações. Durante os anos setenta, quando em idade escolar tive de enfrentar o mundo dos normais, senti a dureza de ser deficiente. Não existiam quaisquer tipos de procedimentos oficiais que pudessem facilitar a minha “inclusão” escolar. Enfrentei as escadas, as carteiras inadequadas, os professores despreparados, nem todos, é óbvio. Lembro-me da professora Graça que ficava uma, duas horas esperando eu copiar o “ponto” da lousa, pois não deixava ninguém me ajudar, porém foi bom, assim aprendi que cada qual é responsável pela sua cruz. Vejo hoje que a minha só pesava um pouco mais.


Mas, antes que o leitor comece a chorar, essa não era a maior dificuldade. A situação se complicava quando tinha que frequentar os locais públicos, pois eram olhares e mais olhares que incomodavam, é claro, a mim e, principalmente, a minha mãe, que, na maioria das vezes, perdia a esportiva e partia para cima de quem ficava me fitando, geralmente com aquele “olhar cumprido”, ou como dizia vovô Lifuca, igual a cachorro com fome.


Hoje a coisa mudou. São leis e mais leis garantindo a igualdade e a inclusão social do deficiente. Se vou ao banco, não preciso ficar na fila; se vou à escola, não preciso mais subir escadas, agora tem rampas; se não posso trabalhar, o governo me garante um benefício em forma de salário mínimo; há vagas em concurso público (tem gente com unha encravada pleiteando uma), transporte coletivo grátis, escolas especiais e assim por diante. São conferências, encontros, seminários, todos com a mesma preocupação: Incluir.


Mudaram as pessoas ou os deficientes? Quem lê as linhas anteriores pode até imaginar que não estou gostando. Muito pelo contrário, tenho me sentido, no início desse novo milênio, como se estivesse no paraíso. Tá todo mundo preocupado comigo. É impossível ficar desamparado. São as ONGS, instituições públicas e privadas, empresários (Opa! Será que estão ganhando alguma coisa? Ou será um gesto humanitário com certeza?), instituições religiosas e uma legião enorme de pessoas de bom coração e abençoadas por Deus. Amém. Afinal é tanta gente preocupada com os deficientes que daqui a pouco vai faltar deficiente para cuidar.


Ironicamente, para quem teve que lutar a vida toda para comprovar que era capaz de ser normal, hoje basta possuir o título de incapacidade para ser aceito. Mudaram as pessoas com certeza. E título é o que não falta: durante muito tempo fui aleijado;  a partir dos anos oitenta, deficiente; com a chegada dos anos noventa, portador de necessidades especiais. Agora vivo uma expectativa mortal: como seremos chamados no início desse século?


É dona Otília (minha mãe), as dificuldades agora são menores, mas, valeu o sofrimento, senão não teria o que escrever neste momento. Apesar ter sido sempre especial para meus pais, só agora fui carimbado pela sociedade. É ... Paciência. SER DEFICIENTE HOJE É FASHION.




(*) Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação-UFAM; Mestre em Educação pela FACED-   UFAM, (2008) ; Bacharel em Ciências Sociais(2007) e Licenciado em Geografia (1986), ambos pela Universidade Federal do Amazonas. Exerce desde de 2009 a coordenação do Projeto Curupira, que tem como objetivo Promover a Acessibilidade e Educação Inclusiva nos Campi do IFAM/Manaus.
Contatos para palestra: (92) 3621 – 6736 ou email: dalmirpacheco@gmail.com










terça-feira, 3 de julho de 2012

MATERIAL PEDAGÓGICO FEITO COM SUCATA

          Muitos professores reclamam da falta de material pedagógico nas escolas. No entanto, já visitei muitas escolas públicas e constatei a existência de um acervo de material pedagógico bastante rico. Desde os industrializados até àqueles produzidos com sucata. É isso mesmo, o professor apaixonado pelo seu trabalho,  arregaça as mangas e coloca sua criatividade para funcionar, juntamente com seus alunos. Uma pequena amostra do que é possível realizar com pouco recurso e de forma sustentável:


FANTOCHES

          A EMEF. Cândido Honório, localizada em Manaus,  é um excelente exemplo do poder da criatividade no espaço pedagógico. Seus professores foram capazes de produzir materiais, bastante interessantes, com sucata (copinhos de iogurte, garrafas pets, formas de ovos, etc.). Acima e abaixo, alguns exemplares do que foi produzido.


ANIMAIS

FANTOCHES

BONEQUINHAS

BONEQUINHAS