sábado, 26 de outubro de 2013

Contribuições do método Montessori para a Educação Infantil



        O  processo pedagógico fundamentado na pedagogia Montessoriana está alicerçado sob três pilares: O ADULTO PREPARADO, O AMBIENTE PREPARADO E A CRIANÇA EQUILIBRADA. 


Para Montessori a criança é apaixonada pela ordem. O mundo é um caos.

O “adulto preparado” é aquele que orienta e conduz à criança no caminho do conhecimento. É fundamental que busque constantemente o seu aperfeiçoamento profissional, especialmente para dar conta dos desafios que a educação contemporânea impõe.

 Para os que se propõem educar crianças é importante conhecer como estas se desenvolvem etapa por etapa, assim como, identificar seus interesses e peculiaridades. Podendo fazer uso de um diário onde fará anotações sobre o que observa na criança: o que a interessa,  o que não a interessa, buscando pistas que dão informações sobre os pequenos.

Nessa perspectiva a educação não se limita ao repasse de conteúdos, mas, sobretudo, o preparo para a vida. Não se trata, apenas, da evolução do conhecimento, mas da evolução da própria humanidade. O professor montessoriano deve despir-se do orgulho e revestir-se de humildade. O afetividade deve estar presente na relação professor/aluno.

Ambiente deve ser enxuto. Tem apenas o que é necessário. A recursos devem estar acessíveis às crianças.
  
O ambiente deve ser organizado para atender e satisfazer a curiosidade das crianças e promover sua aprendizagem e em consequência, o seu desenvolvimento humano.

Os princípios que norteiam a pedagogia montessoriana  são:

       AUTOEDUCAÇÃO – a promoção da autoeducação se faz através da disponibilidade de materiais através dos quais a criança exercita e desenvolve suas capacidades e habilidades, com a pouca interferência do educador. Cabe a este instruir sobre o uso dos materiais e manter-se a certa distância, observando a interação da criança com o objeto, fazendo intervenções quando necessárias. O professor ensina e a criança repete a atividade quantas vezes quiser. Todas as lições são breves e suscintas.
          A criança inicia o aprendizado da escrita aos dois anos. Para promover esse desenvolvimento podemos propor a realização de atividades que estimulem os movimentos de pinça e a realização de contornos de objetos em vários formatos. Há também os jogos de encaixe, onde o próprio objeto em si já contem o controle do erro. No jogo do encaixe cada orifício admite apenas um objeto. Nesse caso o próprio material a corrige.  Não há possibilidade de completar o exercício se todas as peças não forem encaixadas no seu devido lugar. Nesse sentido podemos dizer que a própria criança se educa, à medida que aprende, pela manipulação do objeto, e através de suas tentativas, o modo correto de realizar a atividade.


O ambiente deve propor desafios que a criança possa superar.

         EDUCAÇÃO CÓSMICA – A educação cósmica parte da premissa de que tudo esta interligado. Seres vivos e não vivos, todos são interdependentes. A proposta pedagógica montessoriana  busca fazer a criança perceber e sentir esta ideia de interconexão entre o todo e as partes. A minhoca depende da terra e faz o adubo.  A criança percebe esta conexão através da observação da natureza.
        A educação cósmica respeita a ordem em que está disposto o universo. Permite uma percepção de mundo organizado, onde todos os elementos tem sua importância.. A abelha pousa na flor e produz o mel, permitindo que o universo prossiga o seu ciclo. Assim acontece com cada ser humano, a cada um cabe um papel. Desta forma se introduz o conceito de ecologia. 


Não existem provas. A avaliação se faz pela observação do desempenho da criança. O processo se repete até se tornar satisfatória a aprendizagem.

      EDUCAÇÃO COMO CIÊNCIA – É preciso considerar a observação científica e o como ensinar. A ênfase não é o conteúdo, mas em como este é ensinado. O professor ensina como explorar, se afasta e observa. Não deve interferir ou interferir o mínimo. O importante é observar como a criança aprende e elabora o conhecimento. Neste contexto não existem provas e a avaliação se dá pela observação do desempenho da criança. Se algo esta errado, repete-se o processo até que seja satisfatório o resultado.



Imagens: Google

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Crianças inquietas e o TDA ou TDAH

     É muito comum crianças hiperativas, com excesso de atividade motora serem confundidas com crianças com TDA (transtorno do déficit de atenção) ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Vale ressaltar que nem toda pessoa com déficit de atenção é necessariamente hiperativa. E este detalhe pode passar desapercebido pelos pais e/ou professores. Normalmente, a criança que incomoda mais é a criança hiperativa. Mas a hiperatividade motora por si só não determina se a criança é uma criança com TDA ou TDAH. Algumas pessoas leigas no assunto, especialmente, alguns professores quando se deparam com uma criança muito agitada, tendem a se antecipar ao diagnóstico, levantando a hipótese do transtorno. Isso, infelizmente é mais comum do que se imagina.

     O diagnóstico do TDA ou TDAH só pode ser feito por um profissional especializado nesse tipo de transtorno. O diagnóstico é clínico e tem como base o histórico do paciente. 

     A Dra.Ana Beatriz Silva, psiquiatra e  Presidente da AEDDA – Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção, é especialista no assunto, cujo tema é tratado em seu livro "Mentes inquietas". A seguir uma entrevista em que a Dra. Ana Beatriz  nos fala de forma clara, simples e objetiva sobre o TDA.