O desenvolvimento humano é um
processo contínuo. Tem início no nascimento e se prolonga por toda a vida. Um
processo que nem sempre é linear e ocorre em vários campos da existência
humana, ou seja, nos campos: afetivo, social, cognitivo e motor.
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| Contação de história no powerpoint - EAMAAR/Manaus - AM |
Destacando que tal processo não é
meramente biológico, mas, sobretudo, social e histórico. Já que o ambiente cultural no qual
está inserido o sujeito é fortemente decisivo no percurso do seu
desenvolvimento. Em crianças que apresentam o TEA (transtorno do espectro
autista) a influência do ambiente social determinará o êxito no desenvolvimento
de suas habilidades e competências, dependendo da qualidade das intervenções realizadas, tanto no espaço clínico quanto institucional e doméstico.
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| Estímulo visando a aquisição da linguagem escrita |
Tendo em vista as perturbações
causadas pelo autismo, crianças com TEA apresentarão peculiaridades em seu
desenvolvimento fugindo aos padrões e características de desenvolvimento
identificadas em crianças que não apresentam o transtorno.
Crianças com autismo podem
apresentar mutismo, ou seja, ausência de fala, embora sejam capazes de escutar e
se expressar de outras formas. Podem apresentar, também, atraso no
desenvolvimento motor. Como também, podem inicialmente desenvolver a fala e por
razões desconhecidas deixam de falar, subitamente. Algumas apresentam um
desenvolvimento motor atípico. Desenvolvendo estereotipias, como andar nas
pontas dos pés, rodopiar, balançar as mãos, pular, balançar o tronco, há os que
se fixam em objetos giratórios. Movimentos que, provavelmente, produzem um alívio
gerado por algum tipo de desconforto.
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| Desenvolvimento da coordenação motora e letra cursiva |
O intervenção pedagógica especializada levará em conta aquelas características que de alguma forma podem afetar o
processo de aprendizagem do sujeito com autismo, assim como, o seu
desenvolvimento global.
Para tanto, as intervenções deverão
priorizar a melhora do conjunto de sintomas do autismo, considerando as áreas
afetadas, tais como a comunicação, linguagem e interação; sabendo-se que tais
dificuldades interferem, significativamente, no desempenho global do sujeito.
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| Estimulando o desenvolvimento das percepções e atenção. |
Outro aspecto importante
refere-se à investimentos na melhora da capacidade de interação social. De modo que a criança
com autismo deve ser, constantemente, estimulada a interagir, de modo a estabelecer com seus pares trocas sociais e afetivas. No entanto, jamais de forma forçada. E, considerando, sempre, aquilo que desperta seu interesse e a mobiliza afetivamente.
O processo de inclusão
educacional deve, portanto, considerar a importância do engajamento destas crianças
no ambiente escolar, envolvendo-a na dinâmica educativa, evitando-se com isso a
segregação e o isolamento social.
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| Desenvolvendo o senso estético e a motricidade. |
A oferta de estímulos
deve considerar os interesses e até certas fixações por
determinadas atividades e/ou objetos, como ponto de partida para o
desenvolvimento de sua aprendizagem. Sendo que, gradativamente, deve-se buscar ampliar o seu leque de interesses, de modo a enriquecer suas experiências, promovendo o desenvolvimento de novas competências e habilidades.
Lembrando sempre, que estas crianças
necessitam de uma rotina pedagógica e doméstica bem estruturada e previsível. Com
objetivos claros e bem definidos. Sempre na perspectiva de promover ao máximo o seu engajamento social e afetivo, tendo em vista o seu desenvolvimento pleno, apesar de suas limitações.
Não há como separar no comportamento do ser humano os aspectos emocionais dos cognitivos. A emoção é o fator energético, o impulso que determina porque fazer algo. É o que dá sentido à ação. A cognição nos dá as ferramentas. Neste sentido, todo investimento deverá ser feito de modo a garantir que nossas crianças e adolescentes sintam-se seguras e acolhidas, e, assim, emocionalmente aptas para a aprendizagem, de modo que se possa garantir o pleno desenvolvimento de suas competências afetivas, sociais e acadêmicas. Sem esquecer que o objetivo primordial da Educação é o desenvolvimento da autonomia do sujeito, sua independência e cidadania.
Não há como separar no comportamento do ser humano os aspectos emocionais dos cognitivos. A emoção é o fator energético, o impulso que determina porque fazer algo. É o que dá sentido à ação. A cognição nos dá as ferramentas. Neste sentido, todo investimento deverá ser feito de modo a garantir que nossas crianças e adolescentes sintam-se seguras e acolhidas, e, assim, emocionalmente aptas para a aprendizagem, de modo que se possa garantir o pleno desenvolvimento de suas competências afetivas, sociais e acadêmicas. Sem esquecer que o objetivo primordial da Educação é o desenvolvimento da autonomia do sujeito, sua independência e cidadania.





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