segunda-feira, 8 de junho de 2015

AUTISMO E O DOMÍNIO DA ATENÇÃO

Solange Oliveira

Especialista em Educação Especial

Fonte: Google imagens

 Dentre as características manifestadas por crianças e jovens com autismo, estão aquelas relacionadas a sua dificuldade em manter a atenção concentrada. E, que por sua vez resultam num comportamento disperso, marcado por uma hiperatividade motora, que os levam a passar de uma atividade a outra, de modo frenético; tudo chama a atenção; podendo demonstrar fadiga, como também, a fuga de atividades estruturadas. 

Em crianças mais comprometidas, parece não haver critérios nas escolhas dos movimentos, que aparentam ser aleatórias.

Criança com TEA  em atividade lúdica no EAMAAR

       De acordo com Vygotsky, a história da atenção da criança é a história de sua conduta organizada. Onde o desenvolvimento da atenção e do autocontrole motor estão relacionados à capacidade de apropriação, através da aprendizagem, de conhecimentos mais complexos e abstratos. Uma habilidade que somente se adquire pela educação. Ou seja, não acontece de modo espontâneo.

          Para manter o foco, o cérebro deve ser capaz de filtrar a enorme quantidade de informações e estímulos a que estamos expostos e que nos chegam através dos sentidos. De modo que, possamos estar atentos ao que for mais relevante naquele momento. Graças ao desenvolvimento da atenção é possível manter a concentração em um ambiente barulhento, por exemplo.


Criança com TEA em atividade lúdica no EAMAAR
          
            Daí a necessidade de um trabalho estruturado com crianças com autismo para que estas possam desenvolver a atenção e o autocontrole motor, favorecendo sua aprendizagem e o desenvolvimento tanto de habilidades cognitivas quanto afetivas e sociais.

        Por esta razão, vale a pena investir nas variadas modalidades de jogos e recursos pedagógicos que despertam o interesse deste público, e, paralelamente, promovem o desenvolvimento de competências necessárias ao processo cognitivo.

       Algumas sugestões de jogos que são utilizados nas intervenções pedagógicas de crianças com autismo. Usuários  que apresentam transtornos na aprendizagem e são atendidos no EAMAAR (Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy). Os resultados foram e continuam sendo surpreendentes.







Pedagoga Solange Oliveira no EAMAAR - Manaus/AM.

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