terça-feira, 30 de junho de 2015

O que é TRANSTORNO DE PROCESSAMENTO SENSORIAL

Arquivo pessoal
     O processamento sensorial é a habilidade do sistema nervoso central de dar respostas adequadas às informações trazidas pelos sentidos. Para que dessa forma se possa ter um uso eficiente do corpo no ambiente.

Arquivo pessoal


    O cérebro processa as informações que nos chegam do meio exterior através dos sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição; como também, dos sentidos vestibular (equilíbrio) e proprioceptivo(consciência corporal). No entanto, em crianças que apresentam déficit neste processamento, as informações chegam desorganizadas, produzindo comportamentos menos funcionais e com reduzida capacidade adaptativa.


Arquivo pessoal
    Exames clínicos não são capazes de precisar qual a natureza específica do transtorno, no entanto, uma observação atenta do comportamento infantil nos permitirá perceber que áreas da fisiologia da criança foram afetadas e que carecem, portanto, de uma intervenção no sentido de minimizar seus efeitos sobre a conduta e o desenvolvimento dos pequenos.

arquivo pessoal

  O sinal de alerta dispara quando a vida social e o desempenho, especialmente, nas AVD’s (atividades de vida diária) são afetados.

   No Brasil, infelizmente, há pouco diagnóstico, o que leva à negligência das crianças que apresentam esta condição. Quando o comportamento não é percebido como resultado de um distúrbio sensorial; crianças com o transtorno, acabam sendo rotuladas de mal educadas e sem limites.


Arquivo pessoal

   Pequenas alterações no comportamento quando se tornam exacerbadas, tem um fundo neurofisiológico e isso requer mais atenção.

SINAIS DE ALERTA

Google imagens
  • Reduzida habilidade nas interações sociais – que se manifesta pela menor participação nas atividades lúdicas e brincadeiras; como também, no isolamento social.
  • Menor frequência nas respostas adaptativas – as crianças são menos adaptadas, manifestando dificuldades em responder de forma adequadas as demandas do meio social.
  • Baixa autoestima e reduzida autoconfiança – as crianças evitam atividade em grupo e podem se sentir mais frustradas por não conseguirem atender as demandas do meio social.
  • Comprometimento nas AVDs(atividades de vida diária); nas habilidades motoras fina e grossa; e  no desenvolvimento sensoriomotor;
  • A criança cai, frequentemente, esbarra em móveis e objetos. É dependente da visão para a ação.
  • Desenvolvimento da aprendizagem comprometido – as crianças tendem a apresentar problemas e dificuldades na aprendizagem, sobretudo, escolar.
  • Baixa atenção e dificuldade em seguir uma atividade sequenciada;
  • Baixa tolerância a determinadas texturas dos alimentos (dificuldade com alimentos sólidos); pode haver aversão a determinados alimentos ou comer de forma compulsiva.
  • Intolerância a determinados estímulos sensoriais, tais como: ruídos e cheiros.
  • Medo de altura ou aversão à geleca e  a areia;
  • Déficit na consciência corporal. Na modulação da força (ao pegar o copo amassam). Atraso na aquisição dos marcos motores.
  • Hipotonia – articulações moles, dificuldades em atividades bimanuais; geralmente são lentas na execução de tarefas;
  •  Dificuldade em movimentos alternados; parecem desajeitadas, preguiçosas e desmotivadas,
  • Cansam-se facilmente; parecem fracas em relação a outras crianças;
  • Ausência de brincadeiras com enredo e limitações no pensamento simbólico; 

      Em crianças com autismo, Síndrome de Down e paralisia cerebral, o distúrbio se torna mais acentuado.



TRATAMENTO

     A terapia de integração sensorial surge como ferramenta para ajudar no desenvolvimento das habilidades e capacidades de sujeitos afetados pelo transtorno sensorial. 

    O estímulo sensorial que provem dos sentidos, em condições normais, é processado e integrado ao sistema nervoso central, de tal forma que permite a organização e o planejamento da resposta, em forma de adaptação e aprendizagem. Com o tempo o organismo vai se adaptando ao estímulo sensorial, produzindo respostas cada vez mais ricas e sofisticadas.




    Na criança que apresenta o transtorno sensorial, o estímulo entra, mas a integração é alterada e o planejamento da resposta fica comprometido. Como consequência ela apresenta respostas mais pobres e inadequadas; com estratégias menos eficientes. Manifestando um comportamento disfuncional e pouco adaptativo.

   O objetivo da terapia é enriquecer e retroalimentar o Sistema Nervoso Central com estímulos sensoriais que atendam a demanda da criança, de modo que se obtenham repostas mais ricas e eficientes, visando sua adaptação ao meio.


Google imagens

   A terapia usa estímulos VESTIBULARES, PROPRIOCEPTIVOS e TÁTEIS, principalmente, visando criar mais conexões cerebrais, para que a criança se torne mais adaptada. E, assim, possa prestar mais atenção, melhorar sua capacidade de socialização, tornando-a mais tolerante e menos defensiva.




    A atividade deve ser significativa e funcional. Com objetivo e direcionamento; e desafios de acordo com a capacidade da criança. 

Google imagens

     Dentre elas, destacam-se: brincadeiras, jogos de movimento, jogos de regras, brincadeiras de faz de conta, imaginação e criatividade, expressão corporal, expressão gráfica, todas enriquecidas sensorialmente para favorecer o processamento sensorial.

Para saber mais:

https://lagartavirapupa.com.br
centroevolvere.com.br/blog/transtorno-do-processamento-sensorial-e-algo-serio/






Nenhum comentário:

Postar um comentário